Colagem de Memórias
/
0 Comentários
No Natal passado, decidi oferecer à minha mãe uma compilação de fotografias da sua “meninice”. Fotografias antigas, quase esquecidas e desagastadas pelo tempo. Digitalizei-as, tratei-as e imprimi-as. Dei-lhes uma nova vida. Criei uma espécie de quadros ao estilo “collage de memórias”. Uma forma de compilar, homenagear e de lhes dar nova vida.
Nestas fotografias estão as minhas raízes. Apesar de serem memórias que não são minhas, representam pessoas, com quem construí e construo outras memórias. Aqui estão Avós, Mãe e Tios.
Nada me parece por acaso. Quando hoje estava a “descarregar” algumas fotos da máquina, deparei-me com estas. Decidi então partilhar, e quando reparo na data, percebo que faz hoje exatamente hoje 5 anos que meu Avô deixara este mundo. É o mais bonito e charmoso das fotos. Não dá para enganar! ;)
É assim que sempre tudo parece seguir um fluxo, lembrando-nos que a vida, e mesmo a morte, sempre são a continuidade de algo.
Para falar do meu Avô, sinto que me falta capacidade, pois sei que muito da sua história desconheço. Mas sei que era um homem muito “à frente” do seu tempo. Nasceu num meio muito humilde e não foi à escola. Foi servir, desde de tenra idade, para uma casa (como era usual na altura). E foi lá que aprendeu a ler e a escrever. Aprendeu música como auto didata. Tocava acordeão e fazia bailes, percorrendo dezenas de quilómetros a pé, de terra em terra com o seu acordeão. O primeiro ordenado que teve foi para comprar um dicionário! Contudo, e porque era o destino da maioria das gentes da terra, acabou por sempre viver do campo. Não obstante, sempre gostava de se manter informado de tudo, através do rádio, jornais e televisão. É verdade! Um homem que gostava muito de se cultivar. Tinha calma e sabedoria nas palavras. Por algo o seu destino fora viver, no e do campo. Poderia dizer que não teve oportunidade de exercer a sua cultura ou inteligência. Mas talvez, a sua missão, nesta existência, fosse mesmo buscar a sabedoria diretamente da natureza e da vida simples e humilde.
Este post torna-se assim uma homenagem aos nossos antepassados, dos quais advimos, cujas origens percebo agora serem tão importantes de conhecermos e reconhecermos, para nos Auto-Conhecer. Perceber quais as fragilidades, fortalezas, os “códigos” mentais e emocionais que nos condicionam, para assim trabalhar sobre os mesmos, e a cada existência, poder-mo-nos sempre superar. Agradecer e honrar os nossos antepassados e perceber que algo sempre nos une de algum modo. <3
É assim que sempre tudo parece seguir um fluxo, lembrando-nos que a vida, e mesmo a morte, sempre são a continuidade de algo.
Para falar do meu Avô, sinto que me falta capacidade, pois sei que muito da sua história desconheço. Mas sei que era um homem muito “à frente” do seu tempo. Nasceu num meio muito humilde e não foi à escola. Foi servir, desde de tenra idade, para uma casa (como era usual na altura). E foi lá que aprendeu a ler e a escrever. Aprendeu música como auto didata. Tocava acordeão e fazia bailes, percorrendo dezenas de quilómetros a pé, de terra em terra com o seu acordeão. O primeiro ordenado que teve foi para comprar um dicionário! Contudo, e porque era o destino da maioria das gentes da terra, acabou por sempre viver do campo. Não obstante, sempre gostava de se manter informado de tudo, através do rádio, jornais e televisão. É verdade! Um homem que gostava muito de se cultivar. Tinha calma e sabedoria nas palavras. Por algo o seu destino fora viver, no e do campo. Poderia dizer que não teve oportunidade de exercer a sua cultura ou inteligência. Mas talvez, a sua missão, nesta existência, fosse mesmo buscar a sabedoria diretamente da natureza e da vida simples e humilde.
Este post torna-se assim uma homenagem aos nossos antepassados, dos quais advimos, cujas origens percebo agora serem tão importantes de conhecermos e reconhecermos, para nos Auto-Conhecer. Perceber quais as fragilidades, fortalezas, os “códigos” mentais e emocionais que nos condicionam, para assim trabalhar sobre os mesmos, e a cada existência, poder-mo-nos sempre superar. Agradecer e honrar os nossos antepassados e perceber que algo sempre nos une de algum modo. <3